terça-feira, 1 de outubro de 2013



Antígona - Sófocles


      Diversos estudiosos das tragédias gregas constataram que elas serviram, não apenas como um entretenimento, mas também como um estímulo a grandes discussões jurídicas, políticas, filosóficas e existenciais da sociedade grega da época e, porque não dizer, da humanidade ainda hoje. 
   Antígona é, nesse sentido, uma das que mais longamente prestou-se às mais diversas interpretações políticas e literárias. Longe de ser apenas um modelo do choque existente entre os interesses do Estado representado pelo rei Creonte, frente às Leis Não Escritas, a ordem natural e os direitos familiares invocados pela princesa tebana, Antígona.
        A grande tragédia de Sófocles não trata só da maldade de Creonte ou da coragem de Antígona, nem mesmo um conflito que opõe o espírito político do rei, oposto ao espirito religioso da filha de Édipo, mas sim um embate, insolúvel, entre dois tipos de religiosidade: a religião familiar, calcada nos princípios, nos valores; e a religião pública, que confunde as "vontades" dos deuses com as ordens supremas do Estado.

       É em meio a estas e tantas outras discussões que rodeiam a tragédia de Sófocles, que um grupo, formado por alunos de filosofia e de Artes Cênicas, resolve montar ANTÍGONA, neste segundo semestre de 2013.  
      E nós, João Paulo e Lidiane,  iremos acompanhar todos os detalhes desta montagem, que ainda está no início, buscando observar com olhos atentos cada etapa deste processo.






Um comentário:

  1. Começar a especificar informações. Em textos acadêmicos, mesmo em um post, é preciso comprovar as afirmações. Por exemplo:´diversos estudiosos das tragédias gregas...´ Vocês precisariam indicar sobre quem vocês estão falando.

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